PAÍS - O ex-presidente Michel Temer foi preso preventivamente, na manhã de 21 de março, em São Paulo. A informação foi confirmada por fontes da Polícia Federal. Temer foi levado para o Aeroporto Internacional de Guarulhos, de onde segue para o Rio de Janeiro. No Rio, fará exame de corpo de delito e será encaminhado para a sede da instituição. O ex-ministro de Minas e Energia da administração emedebista Moreira Franco também foi preso por agentes da PF. As prisões foram determinadas pelo juiz federal Marcelo Bretas, titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, responsável pelas ações de desdobramento da Operação Lava Jato. A Operação Descontaminação investiga desvios na Eletronuclear. Ao todo, foram expedidos oito mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 24 de busca e apreensão no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Paraná e Distrito Federal.
Ex-presidente da República foi levado para o Rio de Janeiro FOTO: Marco Correa/PR/ Divulgação |
De acordo com nota da PF, "a investigação decorre de elementos
colhidos nas Operações Radioatividade, Pripyat e Irmandade, deflagradas
anteriormente e, notadamente, em razão de colaboração premiada firmada pela
Polícia Federal. Filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Temer
assumiu a Presidência da República em maio de 2016, depois do processo de impeachment da
ex-presidente Dilma Rousseff. Ao longo de sua trajetória política, Temer foi
presidente da Câmara dos Deputados, secretário da Segurança Pública e
procurador-geral do estado de São Paulo.
PARTIDO LAMENTA A PRISÃO.
O MDB lamenta a postura dada da Justiça à revelia do andamento de um
inquérito em que foi demonstrado que não há irregularidade por parte de Temer e
do ex-ministro Moreira Franco. O MDB espera que a Justiça restabeleça as
liberdades individuais, a presunção de inocência, o direito ao contraditório e
o direito de defesa.
DEFESA DO EX-MINISTRO.
Em nota, a defesa de Moreira Franco manifestou "inconformidade com o decreto de prisão cautelar". Para os advogados, a medida não é necessária, pois ele "encontra-se em lugar sabido, manifestou estar à disposição nas investigações em curso, prestou depoimentos e se defendeu por escrito quando necessário".A defesa diz que a ordem de prisão "causa estranheza" por ser de um juiz "cuja competência não se encontra ainda firmada, em procedimento desconhecido até aqui".
fonte: Agência EBC
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